Cybersegurança é um dos maiores problemas mundiais. 95% dos incidentes são erro humano

A cybersegurança está entre os quatro maiores problemas que o mundo já está vivenciando, juntamente com fake news, polarização social e eventos extremos. É uma preocupação de toda a sociedade que vai precisar enfrentar o mesmo inimigo – alertou o CEO da Skysec (Serviços de Segurança Digital), Diego Fernandes, na palestra sobre “Segurança da informação – a ameaça pode estar na sua rede”. No primeiro dia da Semana Tecnológica da UniFil, o hacker ético disse que o Brasil é o país que mais paga por resgate no mundo e que os sequestros de dados são financiados pela facção criminosa PCC. “E não apenas a tecnologia vai resolver, é uma questão que exige profissionais qualificados. A cybersegurança está desamparada de gente bem preparada, por isso os jovens que trabalham com desenvolvimento têm oportunidade de virar a chave para esse setor” – indicou.


Fernandes citou que a primeira ação reconhecida no mundo de acesso ilegal a dados ocorreu nos anos 1970, quando num congresso um médico disponibilizou disquetes aos participantes, solicitou informações e obteve dados criptografados. “O autor devolveu tudo na sequência, mas sua atitude ficou como registro sobre como é possível envolver as pessoas e recolher dados” – disse o palestrante. Mais recentemente, apontou dois momentos marcantes de invasão: em 2017 ataque WannaCry, um grande sequestro de dados que atingiu grandes corporações e algumas não conseguiram restabelecer seus sistemas; e a pandemia de Covid em 2020 com o locaute, a liberação de acessos às redes corporativas e a novidade do home-office que ampliaram as violações digitais.
O palestrante citou a necessidade de evolução das ações de segurança para conter o que considera “situação caótica”: “Se fosse um país, o cybercrime seria a terceira maior economia mundial. De 359 milhões de empresas no mundo, apenas 32 mil – ou 0.009% – contam com um CISO (Chief Information Security Officer ou Diretor de Segurança da Informação)” – enfatizou. Diego Fernandes chamou atenção para gatilhos que facilitam ataques frequentes como emails, senhas, postagens em redes sociais e ligações telefônicas. Revelou também que 95% dos incidentes envolvendo segurança da informação são causados por erro humano – que envolve descuidos, falta de treinamento e preparação inadequada.

ConnectX – Na outra palestra da Semana Tecnológica da UniFil, as educadoras Débora Janaina Durães (diretora geral do Colégio Maxi) e Janaína Taís Gardenal Fenato (mestre em Ensino de Ciências e Novas Tecnologias) apresentaram o projeto inovador “ConnectX: Conectando oportunidades e conhecimento”. As palestrantes destacaram a inovação do programa de acesso de alunos de escolas públicas às principais universidades federais, estaduais e particulares, com preparação para a conquista de vagas no ensino superior e apoio no ingresso ao mercado de trabalho. O ConnectX trabalha em parceria com empresas e fortalece os jovens nos desafios da educação de qualidade, na capacidade de competir, na inclusão social e na transformação de realidade,
O conteúdo completo do primeiro dia da Semana Tecnológica da UniFil 2025 pode ser acessado no canal do YouTube.
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