Como a literatura auxilia nos meus estudos

A leitura só nos traz benefícios, como o aumento do conhecimento, do vocabulário, da argumentação e da capacidade criativa, por exemplo. Mas será que os livros de literatura são cruciais para o desenvolvimento nos estudos? Continue a leitura e descubra mais sobre o assunto

Estudar não é fácil, não é mesmo?! Demanda tempo, atenção, determinação e foco, entre outras condições. Mas, quando tudo se encaminha, com muito estudo, os objetivos que vamos traçando, ao longo da vida, vão sendo alcançados. Isso é fato!

Pensando nesse cenário, vamos refletir um pouco: será que o contato com a literatura pode auxiliar nos estudos? O que você acha?

Já está mais que provado que ler só traz benefícios ao ser humano:

  • a leitura aumenta o nosso conhecimento de mundo e o nosso repertório sociocultural;
  • o contato com bons textos amplia o nosso vocabulário e aumenta a nossa capacidade de interpretação e, também, de argumentação, o que acaba influenciando, de forma positiva, a nossa escrita; e
  • contribui para o desenvolvimento da nossa capacidade criativa. 

Os livros de literatura e os estudos

E quando nos envolvemos com a leitura literária, será que esse tipo de leitura auxilia nos estudos?

Antonio Candido, sociólogo, crítico literário e professor universitário brasileiro que dedicou parte da vida aos estudos da literatura brasileira e estrangeira, dentre as muitas questões que estudou e que desenvolveu ao longo de uma vida produtiva e inspiradora, defendeu o fato de que nós temos “o direito à literatura”. Veja só, o direito!

Ou seja, segundo Candido, ter acesso à literatura não é apenas uma opção ou um privilégio para os momentos de lazer, por exemplo, trata-se de um direito. E por que será que ele pensava assim?

“O direito à literatura” foi um ensaio escrito por Antonio Candido, no ano de 1988, para  uma  palestra  sobre  direitos  humanos, e esse texto acabou sendo referência, naquele contexto, dentro dos debates sobre o papel da literatura na sociedade contemporânea. 

De acordo com a professora Maria Sílvia Betti, da Universidade de São Paulo (USP), essa concepção do crítico agrega à literatura a função de promover uma integração no que diz respeito à sociedade, “[…] exercendo função transformadora e humanizadora, ampliando a capacidade de aceitação do ser humano diante de seu semelhante, estimulando-o para a reflexão, organizando seu pensamento e libertando-o do caos.” (2019, p. 57).

E, diante da perspectiva de Antonio Candido, podemos pensar na literatura como uma fonte de apropriação que nos permite extrapolar todas as expectativas no que diz respeito à nossa constituição enquanto seres completos, seja em nossa formação pessoal, seja em nossa necessidade de conhecer o mundo ao nosso redor, ou diante dos nossos estudos.

A leitura, especialmente a leitura literária, tem a capacidade de enriquecer o nosso conhecimento, de estimular o nosso pensamento e de nos levar a reflexões consistentes e produtivas.

Por isso, neste nosso primeiro encontro aqui neste blog, a minha dica é esta: ainda que o avanço tecnológico e o acesso a inúmeros recursos midiáticos seja uma realidade, e mesmo diante do crescimento e da propagação das culturas de massa e em meio a uma confluência de informações, invista na leitura literária, pois ela pode abrir a nossa mente, estimular o nosso intelecto e aquecer o nosso coração. 

Leitura literária, use sem moderação!

Um forte abraço e até a próxima!

Aqui vão as referências utilizadas neste texto para você consultar:

BETTI, Maria Sílvia. “O direito à literatura”, de Antonio Candido. In: Literatura e Sociedade: Revista do Departamento de teoria Literária e Literatura Comparada. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, n. 30, 2019.2, p. 56-63. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ls/issue/view/11381/1776. Acesso em: 11 jul. 2020.

CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades; Ouro sobre azul, 1995.

CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. 12. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2009.

Espero que tenha gostado da leitura. Não se esqueça de deixar as sua opinião nos comentários! 

Por: Adriana Giarola Ferraz Figueiredo

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