UniFil começa a tratar animais com células-tronco

UniFil começa a tratar animais com células-tronco

Uma potra com cisto na cartilagem articular do joelho e uma filhote de onça com sequelas neurológicas receberam ontem células-tronco para tratamento das lesões. São procedimentos inéditos no Hospital Veterinário da UniFil em parceria com o centro de tecnologia celular animal MEDMEP, de São Paulo. O programa científico abre nova especialidade em recuperação de equinos, pets (cães e gatos) e silvestres.

Na potra Quarto de Milha de um ano e sete meses foram injetadas sete milhões de células-tronco (0,5 ml) por meio de artroscopia, feita pelo professor de Medicina Veterinária da UniFil e cirurgião veterinário Pedro Henrique de Carvalho, com apoio de sua equipe. A aplicação alogênica envolveu animais da mesma espécie, com material coletado da medula óssea de uma égua.

Anestesiada, a paciente teve uma microincisão no joelho para entrada do equipamento laparoscópico. Detectada a lesão, em poucos minutos foram aplicadas as células-tronco. A estimativa é de que comecem a fazer efeito em 10 dias e, a partir daí, será possível acompanhar a evolução da reabilitação do problema articular. O prazo total de recuperação para a potra voltar a participar de competições é de quatro meses.

O veterinário e professor universitário Edson Lo Turco, da MEDMEP, trabalha na área desde 2014 e mantém banco de células-tronco em São Paulo, congeladas a (–) 196º C. É o primeiro procedimento que realiza no Paraná, depois de ter levado a tecnologia aos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Ele relata que no Brasil atualmente são apenas três centros de tecnologia celular animal autorizados pelo Ministério da Agricultura. Lo Turco diz que o MEDMEP realiza em média três aplicações mensais em equinos, principalmente em tratamentos de ortopedia. Já em pets chegam a 40 por mês em doenças ortopédicas, como displasia em cães de raças grandes, alergias, sequelas de cinomose e úlcera de córnea. “Os índices de sucesso passam de 80%”, afirma.

Em equinos, uma aplicação tem preço médio de R$ 2,5 mil e em pets de R$ 1.250,00, mais os custos de transporte. As quantidades variam de acordo com tamanho do animal e tipo de lesão. “Um cavalo de esporte, uma égua ou uma potra como essa valem bastante, são campeões em competições. O tratamento com células-tronco vai prolongar a vida útil. No caso de pets, pesa ainda o aspecto sentimental”, destaca o veterinário.

ONÇA – Para tratar de lesão neurológica de possível atropelamento ou doença infecciosa, foram aplicadas 10 milhões de células-tronco (0,4 ml) por injeção peridural, num rápido procedimento com a onça de cinco meses também anestesiada. O tempo de ação igualmente é estimado em 10 dias. O animal chegou ao HV da UniFil dois meses atrás com ferimentos graves, após ter sido atropelada em rodovia próxima a Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro.

Foi uma aplicação heteróloga, envolvendo animais de espécies diferentes mas de características próximas. As células-tronco foram coletadas de um gato e estavam congeladas em SP. “Existe a compatibilidade porque a célula-tronco engana o sistema imune do receptor e o organismo não reage negativamente, não considera que esteja recebendo corpo estranho”, explica Lo Turco.

O veterinário contou que é a primeira vez que faz o procedimento em uma onça parda, embora já tenha atendido outros tipos de onças e tigres. Com experiência de mais de 300 aplicações de células-tronco, informa que está ampliando as pesquisas em animais para iniciar o tratamento em humanos, logo que houver regulamentação para o uso não-experimental. “Por enquanto a legislação no Brasil permite estudos experimentais. Muitos outros países já regulamentaram a utilização de células-tronco em humanos”, salienta.


Veterinário foi aluno do Colégio Londrinense

O veterinário Edson Lo Turco foi aluno do Colégio Londrinense na década de 1990, formou-se em Medicina Veterinária na UEL e depois mudou-se para São Paulo. É professor de reprodução humana na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e empresário na área de células animais.

Ele elogiou a estrutura da UniFil. “É bem melhor do que muitos hospitais onde já estive”, comentou, animado com a nova parceria. A professora Mariana Cosenza, coordenadora do HV, ressalta a importância dos procedimentos realizados. “Passamos a oferecer um novo tratamento para equinos, pets e silvestres, com tecnologia avançada e resultados comprovados no uso de células-tronco”, afirma.

Texto: Assessoria de Imprensa

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