Projeto da Veterinária analisa segurança de queijos caseiros vendidos em feiras e no comércio

A aluna da UniFil Isabela Brito Silva na análise em laboratórios juntamente com estudantes da UEL que participam da pesquisa

Analisar as condições sanitárias de queijos caseiros vendidos sem o selo de inspeção e alertar comerciantes e consumidores sobre possíveis riscos à saúde. São ações do projeto de alunos e professores de Medicina Veterinária da UniFil e Universidade Estadual de Londrina (UEL) para verificar a qualidade dos produtos comercializados em feiras e no comércio do município. “Mesmo tendo boa aceitação, muitos queijos com olhaduras – conhecidos como furadinhos – podem não seguir práticas adequadas de manipulação e de higiene na produção. Isso aumenta o perigo de contaminação para quem consome” – diz a professora de Veterinária da UniFil Fernanda Pinto Ferreira, doutora em Ciência Animal, com ênfase em segurança dos alimentos. “Olhaduras de queijos suíços como o Gruyere são desejáveis, por serem produzidas por bactérias láticas específicas e benéficas” – ressalta.

A pesquisa vai coletar amostras em diversos locais, inclusive alguns onde houve denúncia de suspeita de problemas no queijo. “As condições sanitárias na produção precisam ser rigorosas. Se não houver os cuidados necessários, aumenta a possibilidade de contaminação por bactérias fermentadoras do grupo coliformes, como E. coli que indica contaminação de origem fecal” – explica a professora. A pesquisa vai avaliar outros microorganismos do grupo coliformes totais, E. coli e salmonella, além de resistência a antimicrobianos. O trabalho começou em maio e prossegue até dezembro.

Após os testes nos laboratórios de Medicina Veterinária da UniFil e LIPOA – UEL, os resultados serão apresentados nas universidades e disponibilizados à Vigilância Sanitária e demais órgãos de saúde pública. “Consumidores precisam saber do risco ao comprar produtos alimentícios sem o selo de inspeção. O melhor é priorizar sempre a segurança e a qualidade ao adquirir alimentos como queijos. Mercadorias inspecionadas e aprovadas com o selo sempre passam pelo crivo de médico veterinário, de técnico ou de especialista na área. É a garantia para evitar contaminações e, se ocorrer, identificar quem autorizou o consumo” – ressalta a professora da UniFil Fernanda Ferreira.

Participam do projeto as estudantes Isabela Cocenso de Brito Silva (UniFil, bolsista da Fundação Araucária), Yasmin Tavares de Andrade e Juliana Saito Scomparin da (UEL), orientadas pelas professoras Fernanda Ferreira (UniFil/UEL) e doutora Natalia Gonzaga (UEL), mais a residente Giovanna Simm Pereira (formada pela UniFil) e o técnico doutor Ronaldo Tamanini (UEL).